A produção artística de Flávio Ferraz, conhecido como Jey é fruto de sua experiência gráfica e urbana, somadas às preocupações ligadas à evolução material e espiritual do ser humano. O intercâmbio cultural e étnico próprios da cidade de São Paulo configura uma realidade diversificada de tipos e crenças que contribuem para a criação de seus personagens e conceitos. A influência destas culturas étnicas e religiosas como cultos ancestrais e movimentos culturais como Punk e Skate são fundamentais na compreensão de sua obra. Seus trabalhos expõem símbolos conflitos que refletem os anseios e as frustrações da vida urbana da cidade, vista pelo artista como um gigante coletivo que perdeu suas raízes. A criação artística representa um momento pessoal de concentração protegido por símbolos que abrem passagem para a ascensão de outro estado do espírito, ideal para a “queima de arquivos temporais” infectados com informações negativas. Sua obra visa transmitir força e insistência como ícones de uma resistência aos parâmetros e regras da metrópole.